Saiba como diferenciar medo e fobia e descubra como a terapia cognitivo-comportamental (TCC) pode atuar de forma eficaz no tratamento desta doença.

Sentir medo pode ser bem desagradável, mas faz parte da vida. O medo é uma emoção primitiva natural e acima de tudo necessária à sobrevivência, pois nos afasta e protege de situações de perigo. Mas e quando o medo se torna excessivo, desproporcional e até mesmo paralisante? Nesse caso, pode se tratar de uma fobia.

Em outras palavras: enquanto o medo é uma reação instintiva relacionada com um risco real, a fobia é uma aversão exagerada a algo que não apresenta perigo iminente.

A fobia é um transtorno mental caracterizado pelo medo ou ansiedade excessivos com relação a um objeto ou situação específica, como nos seguintes exemplos:

• Medo de andar de avião

• Medo de dirigir

• Medo de altura

• Medo de falar em público

• Medo de animais específicos (por exemplo aranhas, cobras, insetos, cães…)

• Medo de ver sangue

• Medo de tomar injeção

• Medo de dentista

• Medo de ir ao médico e/ou de fazer exames

Quem convive com a fobia tenta evitar a qualquer custo o encontro com o objeto ou situação que lhe causa aversão excessiva e, quando não há alternativa, tal encontro é suportado com muito sofrimento e ansiedade. Em alguns casos, podem haver respostas semelhantes ao comportamento infantil, como choro compulsivo, ataques de raiva, imobilidade ou a tentativa de agarrar-se a algo ou a alguém. Fisicamente, a manifestação de uma crise fóbica pode incluir sintomas como tremedeira, taquicardia, sudorese, tontura, falta de ar e desmaios.

Além de causar sofrimento intenso, a fobia pode trazer prejuízos ao funcionamento social e profissional do indivíduo. Como qualquer doença, exige tratamento e não deve ser encarada como sinal de fraqueza ou covardia.

Um bom jeito de saber se você tem uma fobia é pensar no objeto ou situação em questão e avaliar as melhores palavras para descrever o que você sente. Medo ou aflição bastam? Ou pânico, pavor e desespero parecem se encaixar melhor? Se ficou com a segunda opção e essa sensação lhe causa intenso sofrimento ou qualquer outro tipo de perda ou prejuízo, é bem provável que se trate de uma fobia.

Além de causar sofrimento intenso, a fobia pode trazer prejuízos ao funcionamento social e profissional do indivíduo. Como qualquer doença, exige tratamento e não deve ser encarada como sinal de fraqueza ou covardia.  Mas… como tratar uma fobia? Bem, assumir o temor exagerado é o primeiro passo para livrar-se dele. Em seguida, é preciso procurar ajuda. Entre as diversas opções de tratamento, a terapia cognitivo-comportamental (TCC) é considerada uma das mais eficientes.

Partindo do pressuposto de que as cognições (percepções, conhecimentos, capacidades de processar informações) influenciam as emoções e os comportamentos, o maior trunfo da TCC é auxiliar o indivíduo a reorganizar suas crenças e pensamentos, de modo que o motivo da fobia deixe de ser encarado como uma ameaça terrível – quando na verdade não é, segundo um ponto de vista mais realista. O tratamento pode incluir diversas estratégias de dessensibilização, sendo sempre baseado no respeito à singularidade do indivíduo e norteado pela conversa e troca de experiências entre paciente e terapeuta.